Neste fim de semana tive a oportunidade de visitar um lugar que achei bastante cômodo. Nele, ao me encontrar com algumas pessoas conhecidas, alguém, que há um bom tempo não nos encontrávamos, olhou pra mim e disse: “Você é...?” Imediatamente quem estava ao seu lado completou: “Ele é o filho do Euvaldo” e continuou com algumas descrições minhas, e logo as dúvidas se esvaíram quando ela falou : “Até que eu o achei parecido” e nos reconhecemos finalmente.
Como você é conhecido? Pelo que as pessoas lhe reconhecem? De quem você é filho? Essas são questões que devem nos fazer refletir.
Mas antes de continuar com esse assunto, quero esclarecer que sou filho de Euvaldo José da Silva e Claudineide Melo da Silva. Ele, um homem esplêndido que, apesar das falhas, tem atitudes e tem andado por caminhos admiráveis, e ela, uma mulher incrível que me faz admirá-la cada dia mais, respectivamente.
Sabe... até parece ser ruim quando alguém se esquece de onde você é, quem é você ou qual é o seu nome, mas em contraste é altamente compensador, como no momento citado anteriormente, quando alguém lhe reconhece por algo, ou alguém que lhe dá orgulho. Isso me faz pensar... Como cristãos, como somos (re)conhecidos?
Você já deve ter passado por uma situação em que alguém chegou para você e disse: “você é evangélico (ou cristão), não é?” Se passou por isso, isso é uma maravilha, porque de alguma forma – pelo linguajar, pelo modo de se vestir, pela maneira de abordar as pessoas, enfim, por um testemunho pessoal – você foi reconhecido como filho de Deus!
Em compensação, infelizmente existe pessoas que se dizem cristãos mas suas características revelam que só são cristãos de nome, não de atitude. São lobos, em meio às ovelhas. Se dizem ovelhas de Deus, mas na verdade não passam de lobos vorazes, marionetes de satanás! É triste, mas é a realidade.
Outro dia estava tentando conversar com um jovem, mas o barulho ensurdecedor de uma música que vinha de uma casa não permitia. Pasmo com essa situação, o jovem, que não era evangélico, falou: “E o pior é que são músicas evangélicas!” Nessas horas, quase que dá vergonha pertencer a essa mesma “classe de pessoas”. Percebe? Todos sabem como um filho de Deus se porta, ou deveria se portar. A grande questão é: Como as pessoas nos (re)conhecem? Como lobos ou ovelhas? Como filhos de Deus ou hipócritas que se declaram cristãos? A resposta está em nosso testemunho.
Os filhos sempre trazem características, qualidades que lhe fazem se assemelhar a seus pais. Quais as características de um cristão? A seguir, listo as três principais características, que me vem a mente, de um filho do Deus Pai.
Modo de se vestir

“Qualquer que seja a sua preferência, o seu visual nunca deve afastá-lo de sua identidade cristã. Esse é o problema com os enfeites externos como joias e indumentárias caras. Em lugar de mostrar: Eu! Eu! Eu! Nossa aparência deve estar proclamando: Jesus! Jesus! Jesus!” (Série Estilo de Vida Jovem, p.25)
Modo de falar

Não só o que falamos, mas a maneira como falamos revela quem somos: Falar precipitadamente é um enorme erro. “Todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, e tardio para se irar.” (Tiago 1:19). Promessas e juras não fazem parte do vocabulário cristão, pois este possui credibilidade. “Seja porém o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disso é de procedência maligna.” Finalmente, que o nosso falar seja honroso para Deus, pois desta forma seremos reconhecidos como Seus filhos: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.” (I Coríntios 10:31)
Modo de amar

Certamente essa é a maior característica de um cristão: O amor genuíno. Jesus, enquanto esteve na terra, demonstrou até as últimas consequências como amar. Curou enfermos, ajudou desesperados, alimentou necessitados, se importou com todos... e isso, sem possuir bens, se é que alguém pode colocar essa questão como justificativa. Mas Ele foi além, deu tudo o que tinha inclusive a Sua própria vida. E “ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” (João 15:13)
Apesar de uma pequenina palavra o amor tem um valor imenso. Aquele que o possui reflete-o de todas as formas. Na maneira de se vestir, no modo de falar, no modo e intenção de servir, em tudo. Aliás, a Bíblia nos apresenta que ainda que eu tenha dons diversos, que eu conheça tudo, dê todos os meus bens, me sacrifique, sem amor, isso não vale de nada. Além disso, a Palavra de Deus revela que o resumo de todos os mandamentos está no amor a Deus e ao semelhante (Mateus 22:37-39). Como ser (re)conhecido como um filho de Deus, uma ovelha de Seu aprisco, um cristão verdadeiro? João 13:35 conclui: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.”
Caso suas atitudes não sejam capazes de identificá-lo como filho de Seu Pai, ou seja filho de Deus, felizmente ainda há esperança, desde que você queira. Peça ajuda ao Seu Pai! Nosso Senhor nos diz “aprendei de mim” (Mateus 11:29). Esse é o segredo. Busque-O e contemple-O constantemente pois o passar tempo com alguém nos faz mais semelhantes a esse alguém (Salmos 34:5). Afaste-se também de qualquer coisa que faça alusão ao contrário do que a Bíblia instrui e certamente você será conhecido como um filho de Deus, será um exemplo a ser seguido: “Vós sois a luz do mundo!” (Mateus 5:14). Que Deus o ajude a ser você a imagem dEle!
Por: Henderson Rogers (Blog Na Contramão) Twitter: @HendersonRogers
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